sábado, 9 de maio de 2009

MÃE É TUDO IGUAL...

... MENOS NO CINEMA

Todo mundo diz que mãe só muda de endereço – porque o resto é sempre parecido. Mãe que é mãe se preocupa se o filho comeu direito, se está bem agasalhado, se tirou a cera do ouvido. Mãe que é mãe não tem nojo das coisas mais nojentas que um ser humano mirim pode produzir, nem tem cerimônia ao contar para a futura nora (ou para o futuro genro) detalhes sobre todas as coisas nojentas que o rebento produzia quando bebê. Talvez seja por tudo isso que a opinião geral de que as mães costumam ser todas iguais ganha tanta força. Mas sabemos que generalizações não funcionam. Ainda mais no cinema!

Pois não é que a gente já viu de um tudo na tela grande quando o assunto é maternidade? Tem mãe crápula, mãe defensora, mãe boboca... até mãe que é homem travestido de mãe! É por isso que, em homenagem a todas as mães de carne e osso, vamos recordar algumas mães da sétima arte.

1) Maria, “Casamento Grego”

A senhora Portokalos sabia muito bem das coisas: inclusive que “O homem é a cabeça, mas a mulher é o pescoço. E ela pode virar a cabeça para onde quiser”. Apesar de ser grega tradicionalíssima até o dedo mindinho do pé, Maria entende que a filha Toula quer voar mais longe e inclusive apóia o namoro dela com um “estrangeiro”. No decorrer dessa saga familiar, ainda faz a gente morrer de rir. Maria rules.


2) Sheryl, “Pequena Miss Sunshine”

Seria um saco para qualquer mãe ter um filho rebelde que decidiu parar de falar e uma filha caçula que se veste como uma doida e ainda quer ganhar um concurso de miss em outro estado. Fora o marido mala, o irmão suicida e o sogro doidão e viciado. Mas Sheryl consegue levar tudo isso com delicadeza e paciência. Quando a família inteira sobe no palco para dançar junto com Olive, foi ela quem eu mais aplaudi.


4) Beatrix Kiddo, "Kill Bill"

A gente sabe que quando “a noiva” foi quase morta pela gangue de Bill ela estava grávida. E que depois de acordar do coma, ela acreditou que o bebê tinha morrido. Foi a fúria de mãe ferida o combustível para Beatrix sair por aí se vingando de cada um dos responsáveis pelo seu massacre. Quando ela descobre que a filha está viva, a motivação ganha ainda mais força. E o reencontro das duas é uma coisa linda.


5) Wendy, “O Iluminado”

Wendy é uma verdadeira coitada: tem um filho lelé da cuca que fala com o dedo e tem um marido que é um psicótico assassino. A tonta ainda aceita ficar trancada com os dois dentro de um hotel mal-assombrado e totalmente isolado do resto do mundo por uma forte nevasca. Dizem que mãe é padecer no paraíso, mas a pobre da Wendy padeceu no inferno mesmo. Por tudo isso é que vale lembrar dela.


6) Katie, “Curtindo a Vida Adoidado”

Apesar de Katie aparecer pouco nesse que é um dos filmes favoritos desta escriba, suas entradas são memoráveis. Porque sabemos que toda mãe é meio boboca e sempre vai acreditar que o filho é um anjinho inocente e frágil, mesmo que o malandro esteja fazendo um monte de falcatruas com o simples intuito de matar aula. Também adoro a cena em que ela vai tirar a irmã de Ferris da delega.


7) Rachel, “Minha Mãe é Uma Sereia”

O título dessa produção deveria ser “Minha Mãe é a Cher”. Porque, cá entre nós, deve ser legal pra caramba ter a Cher como mãe. Imagina só com que quantidade de vestidos espalhafatosos poderíamos brincar! E quantas perucas, maquiagem e sapatos! A personagem, porém, é uma mãe problemática que vive mudando de cidade quando um relacionamento acaba. Mas ela canta “"The Shoop Shoop Song”, pô!


8) Mulher Elástica, “Os Incríveis”

Também seria legal pra caramba ter uma mãe super-heroína. Tá bom, eu sei que todas as propagandas de dia das mães falam que mãe é sempre super-heroína. E eu sei também que toda mãe é meio Mulher Elástica, que consegue bater bolo, segurar o rebento e atender telefone ao mesmo tempo. Mas como mãe é um item em falta em desenhos animados (ela sempre está morta), achei por bem incluir essa aqui.


9) Mama Fratelli, “Os Goonies”

Nem toda mãe é santa, e a Mama Fratelli está aí para comprovar. Pra começo, a véia é uma meliante de primeira grandeza. Tem cara de má e tatuagem de marinheiro nos braços peludos. Ensina os dois filhos mais velhos a serem tão bandidões quanto ela. E ainda negligencia o filho mais novo, deficiente físico, mantendo-o preso por correntes no porão. Falsa e malvada, mas nem por isso menos inesquecível.


10) Virgin Mandy, “A Vida de Brian”

Não dá para fazer um texto sobre mães sem lembrar da mãe principal, a que carregou em seu ventre um bebê mesmo sendo virgem. Sim, a mãe de Brian. Aquela que dizia que os reis magos foram guiados por uma garrafa. Aquela que queria enxotar os visitantes, mas que mudou de idéia quando eles mostraram os presentes. Aquela que sentenciou: “ele não é um messias, ele é um garoto muito levado!”.


No cinema tem mães de todos os tipos, mas que bom que na vida real a coisa é diferente, pois enlouqueceríamos sem esta figura que diz sempre as mesmas coisas, briga do mesmo jeito desde que nascemos, mas nos dedica esse tantão de amor e cuidados por nossa vida afora, não importa a idade ou o tamanho que temos, pois ali ainda somos seus eternos bebezinhos. E sejamos sinceros: como isso é bom!

Um beijo gostoso a todas as mães...

Adaptação: Garotas que dizem Ni

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