terça-feira, 28 de abril de 2009

PRA SE DIVERTIR....

SILOGISMOS

01. Existem biscoitos feitos de água e sal.
O mar é feito de água e sal.
Logo, o mar é um biscoitão.

02. Quanto mais comemos, mais defecamos;
Quanto mais defecamos, mais emagrecemos;
Logo: quanto mais se come mais se emagrece.

03. Quando bebemos, ficamos bêbados.
Quando estamos bêbados, dormimos.
Quando dormimos, não cometemos pecados.
Quando não cometemos pecados, vamos para o Céu.
Então, vamos beber para ir pro Céu!

04. Penso logo existo;
Loiras burras não pensam.
Logo loiras burras não existem .

05. Meu amigo diz que não é gay porque namora com uma loira inteligente;
Se uma loira inteligente namorasse com meu amigo, ela seria burra;
como loiras burras não existem, meu amigo não namora com ninguém;
logo, meu amigo é gay mesmo!

06. Sabe-se que as baratas sobreviveriam a uma guerra nuclear.
A esperança é última que morre.
Logo, a barata é o símbolo da esperança!

07. Hoje em dia, os trabalhadores não têm tempo pra nada.
Já os vagabundos têm todo tempo do mundo.
Tempo é dinheiro.
Logo, os vagabundos ganharão mais dinheiro do que os trabalhadores.

08. As mulheres dizem que homem não presta.
A mãe do Leonardo di Caprio declarou que seu filho é um garoto muito prestativo.
Logo, Leonardo di Caprio não é homem.

09. As pessoas que querem emagrecer fazem dietas.
As dietas recomendam o consumo de verduras e peixe.
Ora, Elefantes comem verduras e Baleias comem peixe.
Assim, quem faz dieta engorda!

10. Dizem que as loiras são burras.
Constatou-se que 15% das mulheres nascem loiras.
No entanto, 35% das mulheres são loiras.
Logo, 1 em cada 5 mulheres faz questão de ser burra!

11. Toda regra tem exceção.
Isto é uma regra.
Logo, deveria ter exceção.
Portanto, nem toda regra tem exceção.

12.Imagine um pedaço de queijo suíço, daqueles bem cheios de buracos.
Quanto mais queijo, mais buracos.
Cada buraco ocupa o lugar em que haveria queijo.
Assim, quanto mais buracos, menos queijo.
Quanto mais queijos mais buracos, e quanto mais buracos, menos queijo.
Logo, quanto mais queijo, menos queijo.

13."Deus ajuda quem cedo madruga"
Quem cedo madruga, dorme à tarde...
Quem dorme à tarde, não dorme à noite...
Quem não dorme à noite, sai na balada!!!!!!!
Conclusão: DEUS AJUDA QUEM SAI NA BALADA!!!!!!


sábado, 25 de abril de 2009

PARA REFLETIR...

SE OS TUBARÕES FOSSEM HOMENS
Se os tubarões fossem homens, eles seriam mais gentís com os peixes pequenos. Se os tubarões fossem homens, eles fariam construir resistentes caixas do mar para os peixes pequenos, com todos os tipos de alimentos dentro, tanto vegetais, quanto animais.
Eles cuidariam para que as caixas tivessem água sempre renovada e adotariam todas as providências sanitárias cabíveis. Se, por exemplo, um peixinho ferisse a barbatana, imediatamente ele faria uma atadura, a fim de que não moressem antes do tempo. Para que os peixinhos não ficassem tristonhos, eles dariam cá e lá uma festa aquática, pois os peixes alegres tem gosto melhor que os tristonhos.
Naturalmente também haveria escolas nas grandes caixas, nessas aulas os peixinhos aprenderiam como nadar para a guela dos tubarões. Eles aprenderiam, por exemplo, a usar a geografia, a fim de encontrar os grandes tubarões, deitados preguiçosamente por aí.
Aula principal seria, naturalmente, a formação moral dos peixinhos. Eles seriam ensinados de que o ato mais grandioso e mais belo é o sacrifício alegre de um peixinho, e que todos eles deveriam acreditar nos tubarões, sobretudo quando esses dizem que velam pelo belo futuro dos peixinhos. Se encutiria nos peixinhos que esse futuro só estaria garantido se aprendessem a obediência. Antes de tudo, os peixinhos deveriam guardar-se antes de qualquer inclinação baixa, materialista, egoísta e marxista. E denunciaria imediatamente os tubarões se qualquer deles manifestasse essas inclinações.
Se os tubarões fossem homens, eles naturalmente fariam guerra entre si, a fim de conquistar caixas de peixes e peixinhos estrangeiros. As guerras seriam conduzidas pelos seus próprios peixinhos. Eles ensinariam os peixinhos que, entre os peixinhos e outros tubarões, existem gigantescas diferenças.
Eles anunciariam que os peixinhos são reconhecidamente mudos e calam nas mais diferentes línguas, sendo assim, impossível que entendam um ao outro. Cada peixinho que na guerra matasse alguns peixinhos inimigos da outra língua silenciosos, seria condecorado com uma pequena ordem das algas e receberia o título de herói.
Se os tubarões fossem homens, haveria entre eles, naturalmente, também uma arte, haveria belos quadros, nos quais os dentes dos tubarões seriam pintados em vistosas cores e suas guelas seriam representadas como inocentes parques de recreio, nas quais se poderia brincar magnificamente. Os teatros do fundo do mar mostrariam como os valorosos peixinhos nadam entusiasmados para as guelas dos tubarões. A música seria tão bela, tão bela, que os peixinhos sob seus acordes e a orquestra na frente, entrariam em massa para as guelas dos tubarões sonhadores e possuídos pelos mais agradáveis pensamentos.
Também haveria uma religião ali. Se os tubarões fossem homens, eles ensinariam essa religião. E só na barriga dos tubarões é que começaria verdadeiramente a vida. Ademais, se os tubarões fossem homens, também acabaria a igualdade que hoje existe entre os peixinhos, alguns deles obteriam cargos e seriam postos acima dos outros. Os que fossem um pouquinho maiores poderiam inclusive comer os menores, isso só seria agradável aos tubarões, pois eles mesmos obteriam, assim, mais constantemente maiores bocados para devorar. E os peixinhos maiores que deteriam os cargos valeriam pela ordem entre os peixinhos para que estes chegassem a ser, professores, oficiais, engenheiros da construção de caixas e assim por diante.
Curto e grosso, só então haveria civilização no mar, se os tubarões fossem homens.
Berthold Brecht

quinta-feira, 23 de abril de 2009

DIA INTERNACIONAL DO LIVRO

Em 1996, a UNESCO instituiu o dia 23 de abril como o dia internacional do livro e dos direitos dos autores. Com a internet e as tantas cópias sem a devida referência aos seus autores, é sempre bom lembrar de tal data.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

SESSÃO PIPOCA - O CURIOSO CASO DE BENJAMIN BUTTON

O FILME

O curioso caso de Benjamin Button (Brad Pitt) conta a história de um bebê que nasce velho. Logo no parto ele perde a mãe. O pai, chocado com sua aparência e com a morte da esposa, leva-o a um abrigo de idosos e o abandona na porta.
A enfermeira do lugar acha o garoto e decide criá-lo. O médico diz que ele tem envelhecimento precoce, que nasceu com artrites, reumatismo, coração fraco e tudo mais, e por isso terá poucos anos de vida. Mas Benjamin é mais do que isso. Ao contrário de todos nós, ele rejuvenesce conforme fica mais velho. É um velho garoto, um jovem de bengalas e quanto mais o tempo passa, mais bonito e saudável ele fica. Nessa lógica reversa, ao invés de morrer como um velho de pele enrugada e costas curvas, Benjamin está destinado a se transformar em adolescente, depois criança e por fim em bebê.

OPINIÃO

O filme é muito interessante e nos faz pensar, desde suas primeiras cenas, no quanto somos impotentes (ou inconscientes) em dominar os pequenos momentos das nossas vidas. Apesar de ser uma ficção, é extremamente real quando nos faz questionar o amor, a maturidade, o crescimento e as experiências das nossas vidas
.
É fascinante ver como Cate Blanchet e Brad Pitt são caracterizados como velhos, mas apaixonante mesmo é sentir a história, em como o tempo pode ser aliado ou inimigo de todos nós.

Lá pela metade do filme, pensei em Forrest Gump (outra pérola, falarei sobre ele qualquer dia), ao notar que o personagem “passa” por diversos acontecimentos da história mundial, além de perceber que os dois possuem a mesma sensibilidade com a alma humana. A grande diferença entre os dois é que, enquanto Forrest Gump é uma homenagem à vida, O curioso caso de Benjamin Button é uma reflexão sobre a morte e como a encaramos (ou deveríamos encará-la).

Quem gostar de emoção, deve assistir ao filme. Garanto que nenhuma alma sensível sairá ilesa ao final dele.

21 DE ABRIL - DIA DE TIRADENTES

Tiradentes é reconhecido no Brasil como mártir da Inconfidência Mineira, patrono cívico e herói nacional.
Foi morto e depois esquartejado e com seu sangue foi escrita a certidão de sua sentença, tendo sido declarados infames a sua memória e os seus descendentes.
Sua cabeça foi erguida em um poste em Vila Rica, tendo sumido logo após e nunca mais foi localizada; os demais restos mortais foram distribuídos ao longo do Caminho Novo, Inconfidência, distrito de Paraíba do Sul, Varginha do Lourenço, Barbacena e Conselheiro Lafaiete, lugares ondehavia feito seus discursos revolucionários. Acabaram com a casa em que morava e jogaram sal no terreno para que nada mais brotasse por lá.
Atualmente, onde se encontrava sua prisão foi erguido o Palácio Tiradentes; onde foi enforcado agora é a Praça Tiradentes e onde sua cabeça foi exposta fundou-se outra Praça Tiradentes.
Em Ouro Preto, na antiga cadeia, hoje funciona o Museu da Inconfidência.
Tiradentes é considerado atualmente Patrono Cívico do Brasil, sendo a data de sua morte, 21 de abril, feriado nacional.

FAÇA A SUA PARTE!

Não é difícil viver bem quando fazemos nossa parte.
Para isso, algumas coisinhas são essenciais em nossa vida e no convívio com os outros.
Atitude é tudo!










domingo, 19 de abril de 2009

NÓS PODEMOS MUDAR O MUNDO!


Pequenas ações individuais são a maior força transformadora que se conhece.
Ter uma atitude consciente em relação aos nossos hábitos de vida e de consumo é a melhor (e talvez única) maneira se de mudar o mundo.
Faça a sua parte e ajude a construir um futuro para todos.

Tire aquele velho plano da gaveta e informe-se sobre instituições que precisam de voluntários. Há milhares de pessoas por aí que precisam de sua atenção e de seu carinho

Segundo a ONU, a escassez de água já atinge 2 bilhões de pessoas. Esse número pode dobrar em menos de 20 anos.
Use a água racionalmente.

Apesar de se precisar cada vez menos de papel, a demanda por ele cresce ano a ano, consumindo rapidamente florestas e ecossiste­mas inteiros. O reflorestamento faz pouco efeito, uma vez que ele não traz de volta espécies nativas, animais e insetos. Use folhas usadas como rascunho e não imprima e-mails sem necessidade.

Apague todas as luzes que não utiliza, abra as janelas e utilize conscientemente os aparelhos elétricos.
As inocentes sacolinhas plásticas do supermercado geram resíduos que levam centenas de anos para se decompor na natureza, além de aumentar os custos dos produtos.
No oceano, são confundidas por algas pelas tartarugas e outros animais, que as comem e morrem asfixiados.
Leve sua própria sacola quando for fazer compras, no amanhã das gerações futuras seja mais próspero e menos poluído.

Realize seus sonhos, sem se esquecer do impacto que eles podem ter no meio-ambiente e no futuro de nossos filhos. Escolha com con­sciência os produtos que você compra.

Ao deixar o carro em casa uma vez por semana você reduz con­sideravelmente a emissão de gases efeito estufa na atmos­fera, colabora com o trânsito, se exercita e torna a cidade mais agradável.
Vá para muitos lugares bacanas, a pé, de bicicleta, ônibus ou metrô.

Alimentos orgânicos não possuem agrotóxicos e respeitam os ciclos das plantas, insetos e pássaros essen­ciais para a manutenção da nossa vida. Também são mais saborosos e saudáveis.

Fotos de David Dennis - Registrado sob Creative Commons - http://www.mudeomundo.com.br/

Auxílio luxuoso: Adilson meu amor.

A FARMÁCIA E A LIVRARIA


Lá na rua em que eu pensava,
tinha uma livraria
bem do lado da farmácia.
Todo mundo ia à farmácia
comprar frascos de saúde.
E depois ia do lado,
pra comprar a liberdade.

Pedro Bandeira

Sugestão da Aysla para o blog.

sábado, 18 de abril de 2009

TODO DIA É DIA DE ÍNDIO



Declaração Solene dos Povos Indígenas do Mundo

Nós, povos indígenas do mundo, unidos numa grande assembléia de homens sábios, declaramos a todas as nações: quando a terra-mãe era nosso alimento, quando a noite escura formava nosso teto, quando o céu e a lua eram nossos pais, quando todos éramos irmãos e irmãs, quando nossos caciques e anciãos eram grandes líderes, quando a justiça dirigia a lei e sua execução, aí outras civilizações chegaram!
Com fome de sangue, de ouro, de terra e de todas as sua riquezas, trazendo numa das mãos a cruz e na outra a espada sem conhecer ou querer aprender os costumes de nossos povos, nos classificaram abaixo dos animais, roubaram nossas terrase nos levaram para longe delas, transformando em escravos os "filhos do Sol".
Entretanto, não puderam nos eliminar! Nem nos fazer esquecer o que somos, porque somos a cultura da terra e do céu, somos de uma ascendência milenar e somos milhões. Mesmo que nosso universo inteiro seja destruído,
NÓS VIVEREMOS por mais tempo que o império da morte!

Port Albemi, 1975, Conselho Mundial dos Povos Indígenas
“Nós cantamos as canções que carregam em suas melodias todos os sons da natureza – as águas correntes, o canto dos ventos e os chamados dos animais. Ensinem isso às suas crianças para que elas venham a amar a natureza como nós a amamos”.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

ÚTIL? INÚTIL?

Um dos primeiros ensinamentos filosóficos é perguntar: o que é útil? Para que e para quem algo é útil? O que é o inútil? Por que e para quem algo é inútil?
O senso comum de nossa sociedade considera útil o que dá prestígio, poder, fama e riqueza. Julga o útil pelos resultados visíveis das coisas e das ações, identificando utilidade e a famosa expressão “levar vantagem em tudo”. Desse ponto de vista, a filosofia é inteiramente inútil e defende o direito de ser inútil.
Não poderíamos, porém, definir o útil de uma outra maneira?
Platão (428-347 a.C.) definia a filosofia como um saber verdadeiro que deve ser usado em benefício dos seres humanos.
René Descartes (1596-1650) dizia que a filosofia é o estudo da sabedoria, conhecimento perfeito de todas as coisas que os humanos podem alcançar para o uso da vida, a conservação da saúde e a invenção das técnicas e das artes.
Espinosa (1632-1677) afirmou que a filosofia é um caminho árduo e difícil, mas que pode ser percorrido por todos, se desejarem a liberdade e a felicidade.
Immanuel Kant (1724-1804) afirmou que a filosofia é o conhecimento que a razão adquire de si mesma para saber o que pode conhecer e o que pode fazer, tendo como finalidade a felicidade humana.
Karl Marx (1818-1883) declarou que a filosofia havia passado muito tempo apenas contemplando o mundo e que se tratava, agora, de conhecê-lo para transformá-lo, transformação que traria justiça, abundância e felicidade para todos.
Maurice Merleau-Ponty (1908-1961) escreveu que a filosofia é um despertar para ver e mudar nosso mundo.
Qual seria, então, a utilidade da filosofia?
Se abandonar a ingenuidade e os preconceitos do senso comum for útil; se não se deixar guiar pela submissão às idéias dominantes e aos poderes estabelecidos for útil; se buscar compreender a significação do mundo, da cultura, da história for útil; se conhecer o sentido das criações humanas nas artes, nas ciências e na política for útil; se dar a cada um de nós e à nossa sociedade os meios para serem conscientes de si e de suas ações numa prática que deseja a liberdade e a felicidade para todos for útil, então podemos dizer que a filosofia é o mais útil de todos os saberes de que os seres humanos são capazes.

Por Humberto Zanardo Petrelli

MITOS E LENDAS

Lendas são narrativas transmitidas oralmente pelas pessoas com o objetivo de explicar acontecimentos misteriosos ou sobrenaturais. Para isso há uma mistura de fatos reais com imaginários. Misturam a história e a fantasia. As lendas vão sendo contadas ao longo do tempo e modificadas através da imaginação do povo. Ao se tornarem conhecidas, são registradas na linguagem escrita. Do latim legenda (aquilo que deve ser lido), as lendas inicialmente contavam histórias de santos, mas ao longo do tempo o conceito se transformou em histórias que falam sobre a tradição de um povo e que fazem parte de sua cultura.
Características de uma Lenda:
- Se utiliza da fantasia ou ficção, misturando-as com a realidade dos fatos.
- Faz parte da tradição oral, e vem sendo contada através dos tempos.
- Usam fatos reais e históricos para dar suporte às histórias, mas junto com eles envolvem a imaginação para “aumentar um ponto” na realidade.
- Fazem parte da realidade cultural de todos os povos.
- Assim como os mitos, fornecem explicações aos fatos que não são explicáveis pela ciência ou pela lógica. Essas explicações, porém, são mais facilmente aceitas, pois apesar de serem fruto da imaginação não são necessariamente sobrenaturais ou fantásticas.
- Sofrem alterações ao longo do tempo, por serem repassadas oralmente e receberem a impressão e interpretação daqueles que a propagam.
Mitos, por sua vez, são narrativas utilizadas pelos povos antigos para explicar fatos da realidade e fenômenos da natureza que não eram compreendidos por eles. Os mitos se utilizam de muita simbologia, personagens sobrenaturais, deuses e heróis.
Todos estes componentes são misturados a fatos reais, características humanas e pessoas que realmente existiram. Um dos objetivos do mito é transmitir conhecimento e explicar fatos que a ciência ainda não havia explicado.
Características de um mito:
- Tem caráter explicativo ou simbólico.
- Relaciona-se com uma data ou com uma religião.
- Procura explicar as origens do mundo e do homem por meio de personagens sobrenaturais como deuses ou semi-deuses.
- Ao contrário da explicação filosófica, que se utiliza da argumentação lógica para explicar a realidade, o mito explica a realidade através de suas histórias sagradas, que não possuem nenhum tipo de embasamento para serem aceitas como verdades.
- Alguns acontecimentos históricos podem se tornar mitos, desde que as pessoas de determinada cultura agreguem uma simbologia que tornem o fato relevante para as suas vidas.
- Todas as culturas possuem seus mitos. Alguns assuntos, como a criação do mundo, são bases para vários mitos diferentes.
- Mito não é o mesmo que fábula, conto de fadas ou lenda.
Alguns Mitos e Lendas Brasileiros
BRUXA
Figura carimbada nas histórias infantis, é uma velha de nariz e queixo grandes, com cabelos brancos e assanhados, vestida sempre de preto. Segundo a lenda, ela entra nas casas para carregar crianças que não querem dormir. Muitas vezes é confundida com a Cuca ou com outras personagens noturnas que desempenham o mesmo papel.
CUCA

Segundo a lenda, carrega as crianças inquietas, que não querem dormir ou que falam muito dentro de um saco e some imediatamente. A sua aparência é quase a mesma da bruxa, velha, cabelos brancos e enrugada. É um personagem criado no Brasil e está constantemente presente em cantigas de ninar.

SACI PERERÊ

Garoto negro de uma perna só, possui poderes mágicos através de seu gorro vermelho e se aproveita deles para fazer muitas travessuras com as pessoas que vivem ou passam pela mata. Caracteriza-se por usar sempre um cachimbo.

CURUPIRA

É a lenda de um anão que tem os pés virados para trás. Protege as matas e os animais. Algumas pessoas acreditam que ele é o responsável pelo desaparecimento de algumas pessoas nas matas brasileiras.

MÃE D'ÁGUA OU IARA

A palavra Iara/Yara é de origem indígena e significa “aquela que mora nas águas”. Provavelmente foi gerada na mitologia através do mito da Sereia. É uma mulher metade peixe metade humana, que atrai os homens com seu belo canto e os leva para os rios onde vive, no norte do país. Os homens que conseguem voltar de lá ficam loucos, e o encanto só é quebrado através do feitiço de um pajé.

MÃE-DE-OURO

É a lenda de uma bola de fogo que indica onde se encontra o ouro. É conhecida também como uma mulher que vive nas cavernas e que atrai os homens casados.

LOBISOMEMEste mito não é exclusivamente brasileiro. Conta a história de um homem que por algum motivo foi mordido por um lobo e ao invés de morrer adquiriu a capacidade de transformar-se em um ser monstruoso, com características de lobo e de homem, e que ataca as pessoas nas noites de lua cheia. Há uma outra história a respeito do lobisomem: seria uma maldição para o sétimo filho de uma mesma mulher. Aos 13 anos ele começaria a se transformar no tal monstro e o encanto só se quebra quando alguém se aproximar dele sem que ele veja bater na cabeça do monstro.

A PISADEIRAA lenda de uma velha que aparece durante a noite e pisa na barriga das pessoas que dormiram de estômago cheio, provocando nelas falta de ar.

Fonte: Ana Paula de Araújo. Infoescola.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

ALÉM DA TERRA, ALÉM DO CÉU

Além da Terra, além do Céu,
no trampolim do sem-fim das estrelas,
no rastro dos astros,
na magnólia das nebulosas.
Além, muito além do sistema solar,
até onde alcançam o pensamento e o coração,
vamos!
vamos conjugar
o verbo fundamental essencial,
o verbo transcendente, acima das gramáticas
e do medo e da moeda e da política,
o verbo sempreamar,
o verbo pluriamar,
razão de ser e de viver.

Carlos Drummond de Andrade

terça-feira, 14 de abril de 2009

TUDO É QUESTÃO DE TEMPO...


segunda-feira, 13 de abril de 2009

AIDS: A MELHOR ARMA É A PREVENÇÃO


Liberdade é viver sem medo!!!

Proteja-se, previna-se e esteja sempre atento, deixando o medo e a preocupação longe de sua vida.



AÇÃO DO HIV


1. De que forma o HIV consegue enfraquecer o organismo da pessoa infectada?

Atacando certos linfócitos, os defensores naturais do corpo. O linfócito escolhido pelo HIV – um vírus citopático, ou seja, capaz de destruir células – chama-se CD4, e é o responsável por "soar o alarme", isto é, alertar ao sistema imunológico que é necessário se defender. Sem estar avisado de que precisa combater os "invasores", este sistema falha em sua tarefa, tornando os pacientes com Aids mais vulneráveis a uma ou mais infecções causadas por bactérias, vírus ou outros parasitas.


2. O que é HIV?

HIV significa Vírus da Imunodeficiência Humana (a sigla vem do nome da doença em inglês, Acquired Immunodeficiency Syndrome). Por síndrome entende-se um conjunto de sinais e sintomas de uma doença. Imunodeficiência é o enfraquecimento do sistema imunitário, responsável pela defesa do corpo contra as infecções e doenças em geral. Assim, o organismo de uma pessoa atingida pelo HIV pode se tornar mais frágil diante de certos micróbios, bactérias e vírus.


3. O que é infecção aguda pelo HIV?

Trata-se de alguns sintomas que aparecem logo depois da transmissão do vírus. Acontece em 50% a 90% dos pacientes, sendo que alguns sintomas podem ser confundidos com uma simples gripe: febre alta, dores musculares e articulares, gânglios, dor de garganta, vermelhidão no corpo e perda de peso figuram entre eles. Tendem a desaparecer espontaneamente após aproximadamente 14 dias. Apesar de não se dispor de dados científicos comprovados, estima-se que uma pessoa recém-infectada seja potencialmente transmissora do HIV dentro de 2 a 4 dias após contrair o vírus.


EXPOSIÇÃO ACIDENTAL


1. O que é o coquetel do dia seguinte?

São os medicamentos anti-retrovirais usados após a pessoa ter exposição acidental ao vírus. No Brasil é preconizado após acidentes de trabalho, quando médicos ou pessoal da enfermagem se ferem com uma agulha ou objeto cortante contaminado; ou em vítimas de estupros. Em alguns países, como a França, tem sido recomendado também depois de relação sexual sem preservativos com parceiro infectado.


JANELA IMUNOLÓGICA


1. Quanto tempo leva para o vírus aparecer no exame?

Para saber se está infectado ou não, o indivíduo deve esperar, em média, três meses após a exposição a uma situação de risco, para só depois submeter-se ao teste anti-HIV. Este período é chamado pelos médicos de “janela imunológica”, isto é, trata-se do tempo necessário para que o organismo produza quantidade suficiente de anticorpos contra o vírus, a ponto de ser detectada pelos exames de sangue. Entenda: o teste não detecta diretamente o vírus, mas os anticorpos para este vírus. Deverá ser repetido seis meses após a exposição.


SEXO ORAL


1. Como evitar ou diminuir o risco durante o sexo oral?

Se for realizar sexo oral em um homem, recomenda-se que o parceiro use preservativo, para evitar o contato direto boca/pênis. Caso o pratique em uma mulher, aconselha-se o uso de uma barreira que impeça o contato direto boca/vagina. Esta barreira pode ser uma camisinha cortada - formando um retângulo - ou filme de PVC, usado na cozinha (rolopac, magipac, etc...). Existem, ainda, outros meios de diminuir os riscos presentes no sexo oral: • Evitar fazer sexo oral se tiver algum machucado, lesão ou inflamação na boca (inclusive gengivite). • Evitar fazer sexo oral se tiver algum sangramento na boca ou se acabou de escovar os dentes e houve sangramento. • Quem faz sexo oral em um homem deve evitar ejaculação na boca, e quem faz em uma mulher, deve evitar fazê-lo durante o período menstrual.


2. Qual é o risco presente na prática de sexo oral?
O sexo oral sempre foi tido como uma atividade de menor risco, mas nunca foi considerado sem risco algum. Vale lembrar que outras doenças sexualmente transmissíveis, como a sífilis, herpes e gonorréia, podem ser facilmente passadas por meio desta prática. A chance de transmissão do HIV por sexo oral é maior quando o soropositivo (ou o parceiro dele) tem DSTs não tratadas. Também é mais perigoso se tiver cortes abertos, úlceras ou machucados na boca, garganta infeccionada, amidalite ou alguma doença na gengiva. Em geral, o perigo é maior para quem realiza o sexo oral, isto é, aquele que coloca a boca na região genital do outro: esperma, fluido vaginal ou sangue menstrual do(a) parceiro(a) poderão entrar em contato direto com a parte interna da boca, que freqüentemente tem lesões. Parece não haver riscos para quem recebe sexo oral, seja homem ou mulher.


SEXO SEGURO


1. A camisinha realmente previne a infecção pelo HIV?

Os preservativos são meios eficazes e capazes de impedir a transmissão sexual do HIV, desde que alguns cuidados sejam respeitados. Para a camisinha não arrebentar, é importante: - Olhar o prazo de validade; - Abrir a embalagem só na hora de usar; - Não usar lubrificante oleoso (manteiga, óleo, vaselina, etc); - Só usar lubrificante à base de água (KY, Preservgel, glicerina líquida, etc); - Colocar a camisinha sobre o pênis quando já estiver ereto; - Apertar a ponta da camisinha antes de desenrolar; - Desenrolar até a base do pênis; - Tirar a camisinha logo depois da ejaculação, com o pênis ainda ereto; - Usar uma camisinha nova, a cada relação.


2. Eu e o meu parceiro somos soropositivos. Precisamos usar preservativo na hora do sexo?

Sim. Porque, com o passar dos anos, os anticorpos do soropositivo vão perdendo sua capacidade de neutralizar o HIV. Além disso, quando ocorre re-infecção pelo vírus da Aids pode-se receber cepas (espécies) de vírus diferentes das de origem, que, eventualmente, têm maior poder de infectividade, causando maiores danos, podendo, inclusive, dificultar o controle da doença. Outro problema é ser re-contaminado com vírus que já sejam resistentes a medicamentos ainda não utilizados, impedindo o seu emprego futuro.


3. O que é sexo seguro?

Sexo (mais) seguro envolve algumas medidas para impedir o contágio pelo HIV ou outras doenças sexualmente transmissíveis, durante as relações sexuais. Constitui-se, basicamente de: usar camisinha durante as relações sexuais vaginais e anais com penetração – evitando, assim, a trocas de fluídos (esperma; secreção vaginal; sangramento menstrual) e usar preservativo também durante o sexo oral. Não se esqueça: há várias outras formas de trocar carinho e afeto, como roçar, beliscar e lamber o corpo do (a) companheiro (a), além de masturbação mútua.


SINTOMAS


1. Existem sintomas da Aids? Quais são?

Não se pode dizer que existam sintomas diretamente relacionados ao vírus da Aids: na verdade, devem-se às chamadas doenças oportunistas – aquelas que se aproveitam do enfraquecimento do organismo para se instalarem, como tuberculose, pneumonia, Sarcoma de Kasposi, etc. Por outro lado, existem vários “sinais” do desenvolvimento da Aids. Entre os mais freqüentes, encontram-se: emagrecimento com perda de mais de 10% do peso corporal; diarréia prolongada (por mais de um mês); febre persistente (por mais de um mês); tosse seca e sem motivo aparente; suores noturnos; fadiga permanente; candidíase (sapinho) persistente – oral ou vaginal.


2. Quanto tempo leva para que um soropositivo apresente sintomas, ou melhor, sinais da Aids? Varia muito de pessoa para pessoa: não existe qualquer prazo definido. A maioria passa mais de dez anos sem nada diferente e alguns podem até nunca desenvolver Aids, mesmo estando infectados pelo HIV. Lembre-se: o acompanhamento médico adequado é um dos fatores que mais contribui para a qualidade e o tempo de vida.


TESTE ANTI-HIV


1. Dá para fazer o exame anti-HIV de graça?

Sim. Ele pode ser feito de graça nos Centros de Testagem Anônima; Postos de Saúde e Hospitais Públicos. Os médicos devem sugerir às grávidas que se submetam ao exame durante o pré-natal, conforme determina o Ministério da Saúde.


TRANSMISSÃO


1. Beijo na boca pode passar o vírus?

Não há nenhuma prova de que o beijo profundo tenha transmitido a doença. Na própria saliva existem determinadas substâncias (fibronectina e glicoproteínas), capazes de neutralizar o vírus. A única possibilidade de contágio é se alguém infectado estiver com ferida na mucosa e o parceiro também.


2. Como não se pega Aids?

Por meio de: - Abraços, carícias ou aperto de mão; - Vasos sanitários, copos, talheres, roupas ou sabonetes; - Saliva, suor ou lágrima; - Picadas de mosquito, pulgas, piolhos, percevejos ou outros insetos que possam estar presentes na casa de um portador ou doente de Aids. Os mosquitos não podem transmitir o vírus, pois: 1) sugam sangue e injetam saliva; 2) O HIV morre ao penetrar no organismo destes insetos; - Piscina ou praia; - No assento do ônibus, cadeiras, bancos públicos de praças, parques ou hospitais; - Alimentos; - Doação de sangue com material descartável.


3. Como se transmite o HIV?

Qualquer pessoa infectada pelo HIV pode passar o vírus para os outros, independentemente de estar ou não desenvolvendo sintomas ou saber ou não se tem o vírus. O HIV é encontrado em líquidos e secreções corporais como sangue, sêmen, secreção vaginal e leite materno. Por isso, práticas que permitam o contato destes fluídos com as mucosas e a corrente sangüínea de outro indivíduo pode causar a transmissão. Isso ocorre nas seguintes situações: - Nas relações sexuais sem camisinha; - Compartilhamento de seringas e agulhas, ao usar drogas injetáveis; - Por meio de transfusão de sangue não testado; - Da mãe contaminada para o filho: durante a gestação, no parto ou pelo aleitamento materno.


4. É possível ser infectado através de alicate de unha ou aparelho de barbear?

As chances são de 1 para 500, ou seja, ínfimas. O vírus da Aids é instável e morre muito rápido em qualquer superfície cortante, a não ser que o sangue esteja muito fresco. Para haver um contágio é necessário que a pessoa entre em contato com o sangue imediatamente após a exposição.


5. Há outras maneiras de se pegar o HIV, fora as mais conhecidas?

Apesar de muito pequenas, existem, sim, chances de se adquirir o vírus por meio de: - Transplante de órgãos, na falta de triagem para o HIV; - Inseminação artificial, caso o banco de sêmen não tenha testado os doadores; - Instrumentos utilizados nos consultórios de dentistas, quando não esterilizados. Instrumentos cirúrgicos empregados em procedimentos invasivos (que penetram no corpo); - Compartilhamento de escova de dente, em situações de sangramentos; - Tatuagem e acupuntura, com instrumentos não-descartáveis ou esterilizados.


6. Pode-se contrair o HIV ao manipular secreções de uma pessoa infectada?

Quando existir o contato da pele com fluídos corporais ou secreções (sangue, sêmen, secreção pré-seminal, secreção vaginal e leite materno) a transmissão do HIV só poderá ocorrer se houver uma “porta de entrada”, como ferida aberta, lesão ou perda da integridade da pele tipo úlcera, escoriação, sangramento ou qualquer situação em que possa haver a absorção destes líquidos.


7. Relação sexual com mulher pode transmitir o HIV?

Sim. A secreção vaginal também transmite o vírus. Os homens são menos vulneráveis a infecção pelo HIV do que as mulheres, no que se refere à transmissão heterossexual: a área da mucosa peniana é menor do que a da vagina, ficando, portanto, menos exposta durante a relação sexual, dificultando a penetração do vírus. Somando-se a esse fato, o contingente feminino é mais vulnerável visto que, após a ejaculação, o esperma fica algum tempo dentro da vagina e do útero. Tudo dependerá, entretanto, do tipo de contato sexual; da presença de micro-lesões ou doenças sexualmente transmissíveis (DSTs). Em tempo: o risco de transmissão do HIV de mulher para homem se torna maior quando a relação acontece sem proteção, durante o período menstrual.


FONTE: Grupo Pela Vida/SP.

QUEM TEM MEDO DE AVALIAÇÃO????

Afinal por que temos tanto medo de provas ou avaliações?
Em toda nossa vida, desde o nascimento até a morte, somos submetidos a uma grande diversidade de provas (ou avaliações).
Com nossos sentidos, provamos sabores, aromas, texturas, sons, iluminação e sensações térmicas. E reagimos de modo a buscar o conforto para nosso corpo.
Provamos pensamentos, estados de espíritos, relacionamentos pessoais e inter-pessoais e procuramos buscar o equilíbrio e o conforto espiritual.
Ora... se avaliamos tudo e a todos o tempo todo, formal ou informalmente, por quê entramos em pânico quando somos avaliados?
Sabemos que o ato de avaliar possibilitará uma reação ou tomada de decisão sobre o objeto visando mais conforto. Se a comida está salgada... haverá uma ação; se a bebida está amarga... exigirá outra decisão.
Então por temer as provas ou avaliações?
A avaliação é o recurso que permitirá conhecer os limites e as possibilidades, os facilitadores e os dificultadores, os avanços e retrocessos do processo. E mobilizará as reflexões necessárias para a tomada de decisão com objetivo de um aperfeiçoamento das nossas ações... para que possamos salgar menos a comida, adoçar a bebida ou melhorar nossa ação educativa.
Portanto, avaliação não é fim, mas um meio ou instrumento motivador para as tomadas de decisões com vistas a ajustar os rumos, adequar as metas, alcançar os objetivos.
Não há o que temer. Há sim, muito a que aprender.

Michel Abou Assali

segunda-feira, 6 de abril de 2009

IRRACIONAIS, ELES?????

Os cães são capazes de farejar situações injustas, mostrando uma emoção simples semelhante à inveja ou ao ciúme, afirmam pesquisadores austríacos. Numa pesquisa coordenada por Friederike Range, da Universidade de Viena, os bichos se recusaram a "dar a patinha" quando outros cachorros recebiam uma recompensa e eles não.Numa série de experimentos com diferentes raças caninas, os pesquisadores examinaram as reações de dois animais, sentados um ao lado do outro, quando eles recebiam recompensas desiguais após "dar a patinha" a um pesquisador.
Além das várias reações de estresse, os cães que não recebiam a recompensa -- um pedaço de salsicha -- paravam de realizar a tarefa, diz Range. Para mostrar que isso não acontecia apenas porque os animais não estavam recebendo comida, os pesquisadores então testaram os cães sozinhos, sem outro bicho do lado, verificando que nessa situação os caninos invejosos cooperavam por mais tempo antes de parar.
E dizem que eles são irracionais....
Quem quiser ler mais sobre cães e outros assuntos bem legais, acesse o site da Revista Superinteressante, que disponibiliza todas as suas edições. Vale a pena!
Em tempo: os cãezinhos fofos da foto são meus e têm muito ciúme....rs

sexta-feira, 3 de abril de 2009

REVOLTA DA VACINA










Entre os dias 10 e 18 de novembro de 1904, a cidade do Rio de Janeiro viveu o que a imprensa chamou de a mais terrível das revoltas populares da República. O cenário era desolador: bondes tombados, trilhos arrancados, calçamentos destruídos tudo feito por uma massa de 3 000 revoltosos. A causa foi a lei que tornava obrigatória a vacina contra a varíola. E o personagem principal, o jovem médico sanitarista Oswaldo Cruz.
A oposição política, ao sentir a insatisfação popular, tratou de canalizá-la para um plano arquitetado tempos antes: a derrubada do presidente da República Rodrigues Alves. Mas os próprios insufladores da revolta perderam a liderança dos rebeldes e o movimento tomou rumos próprios. Em meio a todo o conflito, com saldo de 30 mortos, 110 feridos, cerca de 1 000 detidos e centenas de deportados, aconteceu um golpe de Estado, cujo objetivo era restaurar as bases militares dos primeiros anos da República.
A revolta foi sufocada e a cidade, remodelada, como queria Rodrigues Alves. Poucos anos depois, o Rio de Janeiro perderia o título de túmulo dos estrangeiros. Hoje, a varíola está extinta no mundo todo. E a Organização Mundial da Saúde, da ONU, discute a destruição dos últimos exemplares do vírus da doença, ainda mantidos em laboratórios dos Estados Unidos e da Rússia.

O mês de novembro de 1904 pôs fogo no Rio de Janeiro!

Dia 9

O jornal carioca A Notícia publica o projeto de regulamentação da lei de vacinação obrigatória. Os termos são considerados autoritários e começa a indignação popular. No dia 10, o povo se aglomera no largo de São Francisco. Morra a polícia. Abaixo a vacina, gritam os oradores. A multidão desce a rua do Ouvidor e, na praça Tiradentes, encontra policiais. Ao final, quinze presos.

Dia 11

A Liga Contra a Vacina Obrigatória marca um comício no largo de São Francisco. Seus líderes não comparecem. Mas, exaltada, a multidão recebe a polícia com pedras, paus e pedaços de ferro da construção da avenida Central (hoje, Rio Branco). À noite, cerca de 3 000 pessoas marcham contra o Palácio do Catete, sede do governo, já cercado por tropas. Na volta, pela Lapa, há novos confrontos. Tiros. Morre o primeiro popular.

Dia 12

Nos três dias seguintes, a cidade se transforma num campo de batalha, com barricadas em diversos pontos. Bondes e postes são depredados. Trilhos e calçamentos, arrancados. Delegacias, repartições públicas e casas de armas, invadidas. A polícia é expulsa de bairros pobres, como a Saúde. Tropas do Exército de São Paulo e Minas Gerais são requisitadas. A Marinha entra no conflito.

Dia 14

Golpe de Estado contra o presidente Rodrigues Alves. Líderes políticos conseguem sublevar a Escola Militar, na praia Vermelha, de onde saem 300 cadetes armados, rumo ao Catete. Golpistas e tropas legalistas se enfrentam. O governo reforça a segurança do palácio. O presidente se recusa a se refugiar num navio da Marinha. O encouraçado Deodoro bombardeia a Escola Militar. Os rebelados se rendem. Fracassa o golpe.

Dia 16

O governo suspende a obrigatoriedade da vacina, retraindo a revolta. A resistência fica isolada a poucos locais, entre eles, a Saúde, último reduto dos anarquistas. No dia 18, acontece o último conflito, na pedreira do Catete. Saldo: 110 feridos, 30 mortos e 945 pessoas presas, das quais 461 são deportadas inclusive sete estrangeiros, segundo o chefe de polícia. A cidade volta à normalidade.

Revista Superinteressante, n. 86, nov. 1994.

NOSSO BLOG NO BLOG

Nosso blog foi comentado e recomendado no Conversa da Gente, espaço do blog do Novo Telecurso, destinado a divulgar iniciativas e experiências nas telessalas do país.
Deixo aqui, em nome do grupo, nosso agradecimento ao Antonio Castro, da Fundação Roberto Marinho, pela valorização ao nosso espaço.
Carinhosamente,

C.E. Padre Mello
Projeto Autonomia
Ensino Médio

quinta-feira, 2 de abril de 2009

SUGESTÃO DE FILME - ESCRITORES DA LIBERDADE

O FILME

Instigante história envolvendo adolescentes, criados no meio de tiroteios e agressividade, e uma professora, que oferece o que eles mais precisam: uma voz própria.
Quando vai parar numa escola corrompida pela violência e tensão racial, a professora Erin Gruwell (Senhora G) combate um sistema deficiente, lutando para que a sala de aula faça a diferença na vida dos estudantes. Agora, contando suas próprias histórias, e ouvindo as dos outros, uma turma de adolescentes supostamente indomáveis vai descobrir o poder da tolerância, recuperar suas vidas desfeitas e mudar seu mundo.
A professora iniciante de Inglês começa a mudar o seu espaço da sala de aula transformando-a em um lugar onde aqueles garotos pudessem se sentir bem, como uma segunda casa. Para isso, ela propõe que cada um comece a escrever em um diário, todos os dias, relatando suas vidas, angústias, sonhos, medos, o que esperavam da vida e do futuro.
O roteiro é inspirado nos diários que estes adolescentes escreveram, sendo baseado em fatos reais, o que aumenta a autenticidade daquilo que é narrado.

OPINIÃO

Quem é professor e amante de cinema sabe que existe um sem número de filmes que relatam histórias de educadores que se depararam com turmas desajustadas, compostas de alunos sem qualquer perspectiva, e que, ao final, foram bem sucedidos na tarefa de mostrar-lhes que a vida podia lhes oferecer bem mais do que acreditavam.
Essa visão romântica do magistério, onde defende-se que, se existir competência por parte do professor, tudo é possível, parece ótima para vender ingressos e engordar os bolsos da indústria cinematográfica, além de, algumas vezes, fazer com que a sociedade se volte contra estes tantos educadores que não foram assim tão felizes com suas turmas, relegando a décimo plano todas as dificuldades com as quais nos deparamos.
Faço esta introdução para explicar porque não gosto de tais filmes. Ao mesmo tempo, por sugestão de pessoas que, sei, não possuem essa visão romanceada da educação, mas entendem que algumas vitórias podem e vêm sendo alcançadas, assisti ao filme Escritores da Liberdade. Vi e me encantei.
Trata-se de uma história real, o que já conta pontos a seu favor, que nos faz refletir sobre o quanto, muitas vezes, nos tornamos reféns do sistema, aguardando que este nos autorize a exercer nossa função de maneira humanizada e diferenciada, chegando ao fim das nossas carreiras esquecendo o quanto nossa opção pela educação foi movida pela paixão e crença de que somos capazes de fazer a diferença.
Enfim, o filme demonstra que, mesmo diante de resistências, institucionais ou não, é possível fazer alguma coisa, ainda que esta possa parecer pequena. É isso que eu, e creio que todos os colegas do Autonomia, acreditamos e estamos fazendo, apesar de tudo.
O filme possui muitas afinidades com a proposta do Autonomia, sendo um bom mote para que os alunos entendam um pouco o que é um memorial e sobre a importância de colocarmos no papel nossas vidas, ou seja, fazermos um registro literário de nossas histórias.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

O DICIONÁRIO E A DESCOBERTA DAS PALAVRAS

Aysla, Saviana e Carlos Henrique

Gilberto, Abimael e Ruan

Silas, Leonardo e Antonio

Lidiane e Daiana

Silas, Leonardo, Antonio e Lucia

Todos em busca de novas palavras...

HÁ PALAVRAS QUE NOS BEIJAM

Há palavras que nos beijam
Como se tivessem boca.
Palavras de amor, de esperança,
De imenso amor, de esperançar louca.
Palavras nuas que beijas
Quando a noite perde o rosto;
Palavras que se recusam
Aos muros do teu desgosto.
De repente coloridas
Entre palavras sem cor,
Esperadas inesperadas
Como a poesia ou o amor.
(O nome de quem se ama
Letra a letra revelado
No mármore distraído
No papel abandonado)
Palavras que nos transportam
Aonde a noite é mais forte,
Ao silêncio dos amantes
Abraçados contra a morte.
Alexandre O'Neill